PGE-AM tem participação de destaque em pesquisa nacional sobre a força de trabalho das procuradorias


A Procuradoria do Estado do Amazonas (PGE-AM) foi a terceira com maior engajamento percentual de respondentes na pesquisa nacional sobre a força de trabalho das procuradorias estaduais quanto aos aspectos de gênero, raça, orientação sexual e deficiência.

Iniciativa inédita no âmbito da Advocacia Pública estadual e distrital brasileira, a pesquisa contou com 5.381 respondentes, de 23 procuradorias estaduais e do Distrito Federal, totalizando 85,18% da Advocacia Pública brasileira. O resultado completo pode ser acessado no site da PGE-AM.

Segundo a Procuradora do Estado do Amazonas no Distrito Federal Aline Leal Nunes, que participou, nesta quarta-feira (29/11), em São Paulo, da divulgação da pesquisa, a PGE-AM obteve 68% de engajamento, ficando atrás apenas da Procuradoria Geral do Estado da Paraíba (80%) e Procuradoria Geral do Estado de Sergipe (70%).

No Amazonas, participaram 67 Procuradores(as) (70%), 95 servidores(as) (52%) e 142 colaboradores(as) (85%). No último caso, a PGE-AM foi a terceira com maior adesão entre os colaborares (o que incluí estagiários, residentes jurídicos e profissionais terceirizados), ficando atrás apenas da PGE da Paraíba e de Alagoas.

Promovida pelo Fórum Permanente de Equidade e Diversidade, vinculado ao Colégio Nacional de Procuradores-Gerais dos Estados e do Distrito Federal (Conpeg), a pesquisa teve 1.483 procuradores, 2.407 servidores e 1.371 colaboradores como respondentes.

Dados relevantes

Os principais dados destacados na pesquisa apontaram que do total de procuradores entrevistados, 54% são homens e 43% mulheres, 81% se autodeclararam brancos e 94% heterossexuais. Dentre os servidores das procuradorias estaduais, 62% se autodeclararam brancos e 50% dos colaboradores se autodeclararam negros.

Cerca de 80% dos servidores e dos colaboradores informaram que não identificam chefes imediatos negros, e uma média de 70% afirmaram que não identificam procuradores negros em seus estados. Em relação às pessoas portadoras de deficiência, entre os procuradores, servidores e colaboradores respondentes, uma média de 2% dos entrevistados se declara ter algum tipo de deficiência.

Primeiro passo

“Foi dado o primeiro passo. A partir desse resultado iremos trabalhar para a realização de uma cartilha, com propostas de ações para a promoção de políticas públicas de diversidade de toda a advocacia pública estadual”, afirmou Aline Leal Nunes.

A Procuradora do Estado do Amazonas explicou que entre as próximas medidas que serão tomadas está o envio de relatórios específicos de cada procuradoria participante, além da sugestão de criação de comitês internos de diversidade nas PGE’s.

“A diversidade traz a criatividade. Não é possível oferecer serviço para uma sociedade diversa como a nossa, sendo iguais. Quanto mais diversos, mais criativos seremos e prestaremos um melhor serviço público”, destacou a procuradora-geral do Estado de São Paulo, Inês Maria dos Santos Coimbra.

Em sua carta de apresentação da pesquisa, a coordenadora do Fórum, Procuradora do Estado de São Paulo Lenita Leite Pinho afirma que, desde o início, o grupo compreendeu ser necessário realizar um diagnóstico institucional como ponto de partida.

“Os objetivos do diagnóstico eram claros: lançar luz sobre questões muitas vezes silenciadas e negligenciadas no dia a dia, para compreender os desafios e as potencialidades existentes na construção de soluções mais completas e de um ambiente de trabalho mais justo e inclusivo”, pontua Lenita Pinho.

Próximos passos

A partir da divulgação do resultado desta pesquisa nacional, o Fórum terá uma base de dados que será usada para construção de métricas quantitativas e qualitativas de acompanhamento, assim como a construção de uma cultura organizacional que prestigie o uso de ferramentas de diálogo e autoidentificação.

O Fórum de Equidade das Procuradorias do Estado foi instituído no final de 2022 para que as procuradorias estaduais brasileiras pudessem realizar diagnóstico institucional sobre os membros da carreira e seus servidores.



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